terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Precisamos de Ti

Se és Jovem e Monárquico, inscreve-te na Juventude Monárquica de Lisboa da Real Associação de Lisboa e vem nos ajudar a Fazer um Portugal REALmente Monárquico!
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Os Inimigos da Monarquia

Este é um texto que não agradará a alguns monárquicos. Por isso vai ser polémico.Mas é uma análise que tem de ser feita, uma ponderação essencial se queremos ter condições para restaurar o Regime Monárquico em Portugal. Se queremos, assumir a coerência das nossas convicções, que nos leve a ter uma postura determinada e empenhada, teremos primeiro de acreditar no nosso discurso, depois perceber para quem estamos a falar e finalmente perceber que nunca poderemos trair, ou estar sujeitos á traição de alguns.

Começo pelo fim. A traição ou a subalternização se preferirem, do ideal monárquico e do objectivo da restauração do regime monárquico, às ideologias políticas, aos partidos políticos, aos poderosos, aos interesses e às vaidades. A história relata-nos inúmeros factos de traição que originaram as mais críticas entre todas as crises de nacionalidade. Também a história da Revolução Liberal e da Guerra Civil. Também a história do Regicídio e da implantação da República. Ainda toda a história da resistência monárquica da 1ª República e sobretudo a do Estado Novo. Não os vou agora repetir. Eles estão narrados em inúmeros documentos históricos e em inúmeros livros. Heróis á muito poucos, heróis houve muito poucos. O último herói monárquico e nacional, chamou-se Henrique Paiva Couceiro.A regra é outra…a generalidade dos homens são compráveis ou alienáveis. Mais facilmente aqueles que estão sempre nos bicos dos pés para ocuparem lugares de relevo. Também com facilidade aqueles que se assumem pela vaidade ou por desejo de protagonismo.Não tenho ilusões, não quero meter a cabeça debaixo da areia.Não tenho dúvidas que todo aquele que está numa Organização Monárquica com funções de responsabilidade, mas simultaneamente milita numa organização partidária, está mais sujeito a ser comprado, a ser influenciado, a ser controlado, do que um outro que tenha uma exclusiva dedicação a essa Organização ou Causa. Muitos até com inteligência e capacidade de adaptação ao momento actual, para lá entraram e lá estão, esperando por essas tentações partidárias, quando não já ao seu serviço. A permissividade ao controle, à influência, à dominância e aos argumentos de estímulos de natureza social e financeiros dos partidos políticos é assim, a mais fácil e objectiva forma da República combater a Monarquia. É o primeiro inimigo dos monárquicos.O segundo inimigo, também muito grave. A mentalidade dominante dos mais activos. Para eles ser monárquico é uma postura de elevação no seu estatuto social. Uma sobranceria, que os coloca num patamar de arrogância, que pura e simplesmente inibe, muitas vezes até pelo ridículo, a simpatia e aproximação dos humildes. Ainda muito grave, é o terceiro inimigo. A falta de cultura e de experiência política dos dirigentes monárquicos. A mensagem política é inconsistente, muitas vezes incoerente com o seu próprio ideal, as suas estratégias ou a sua ausência, não visa objectivos, as suas acções são inócuas, a sua actividade política não tem expressão. De tudo isto resulta o quarto inimigo dos monárquicos. Muito poucos acreditam na restauração do Regime Monárquico. Entre esses, são ainda muito menos, os que estão disponíveis para a luta. A dominância monárquica é de natureza sentimental, uma nostalgia. Os verdadeiros inimigos da monarquia não são os republicanos, são os próprios monárquicos. As críticas que tão frequentemente se ouvem à Republica, assumem assim um carácter de conforto para as consciências. Os discursos e as mensagens, quantas vezes irrealistas ou contraditórias, são entendidas, como uma forma de desculpabilização da ausência de convicção.Mas perante todos estes inimigos da monarquia, existe e começa a surgir, uma nova mentalidade, uma nova postura, uma mais forte convicção, uma nova geração de monárquicos.Estes estão conscientes que não podem pactuar com os inimigos. Estes sabem que é com o povo e estimulando o sentimento patriótico do povo, que crescerá a dinâmica da restauração do regime monárquico. Estes sabem que o discurso tem de ser coerente e consistente.Estes sabem que não podem ficar a conversar apenas entre eles e a olhar para o umbigo.Estes sabem que só pela coragem de enfrentar o dia e não agir pela calada da noite, se poderá ultrapassar a descrença e passar a Acreditar.Estes não querem estar em privado com o Rei, mas querem que o Rei venha até junto do povo. Pessoalmente, estou de alma e coração com estes últimos e nunca me peçam para lidar com os inimigos e deixar de os combater. Infelizmente há muitos, que são monárquicos ou se afirmam como tal, mas cuja postura, só favorece os republicanos e a actual Oligarquia partidária. E é muito mais fácil combater frontalmente um inimigo ou adversário que se assume como tal, do que aquele que está dissimulado, ou que por inconsciência, insegurança ou inconsistência, é um empecilho de uma luta ou um seu aliado.


José J. Lima Monteiro Andrade

Comunicado Oficial


Esclarecimento Publico

"A natureza do "Jornal Monárquico" que tem sido amplamente publicitado ao longo das últimas semanas: ao contrário da mensagem que alguns têm tentado passar (muitas vezes por simples desconhecimento), este "Jornal Monárquico" não é uma publicação oficial, tratando-se (muito provavelmente) de uma fraude patrocinada por grupos interessados na divisão dos monárquicos e no enfraquecimento da Causa Real. Assim sendo, apelemos a que divulguem esta informação e (por este e outro meios) procurem também contribuir para o esclarecimento desta questão." Publique-se: Nota Interna de Esclarecimento. ]

Deste modo, os Conjurados, não apoia, este mesmo meio de comunicação dito monárquico e realçamos mais uma vez o apoio ao único Rei de Portugal, SAR, Dom Duarte, Duque de Bragança.

Agradecíamos a todos os possíveis a divulgação deste comunicado!

Os Conjurados

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É Natal


Feliz Natal e Próspero Ano Novo


Caros Seguidores, Amigos, Inimigos e Simpatizantes,

Os Conjurados XXI vêm desejar a todos os seguidores do blog, um Feliz e Santo Natal!!
Agradecemos também, todo o apoio, mensagens, todos têm mandado para o nosso blog e e-mail, de maneira a dar-nos força para continuar a lutar pela grande Causa!! Por isso, também, muito obrigado!

Um Santo e Feliz Natal e um óptimo 2010!!

Cumprimentos a todos,

Conjurados XXI

sábado, 19 de dezembro de 2009

A dor de cotovelo do Dr. Louçã


Pedro Quartin Graça

O líder do BE, Francisco Louçã, manifestamente, acusou o “toque” e revela a maior dor de cotovelo por ver outros, que não os seus apaniguados, manifestarem-se na rua pelas ideias e os ideais que defendem. E vai daí botou discurso revelador do seu anti-monarquismo primário.
Louçã realmente não percebe. Não consegue entender como, em pleno séc. XXI, existem larguíssimos milhares de portugueses que discordam do “regime perfeito” que entende ser a República e defendeu hoje que aquela “é a única forma de democracia responsável” e o sistema político que “combate as desigualdades”, assinalando que apenas a “direita reaccionária” deseja regressar ao “atraso” da monarquia.
Discursando na Carregueira, no final de um almoço/comício de apoio à candidatura do BE no concelho da Chamusca, Louçã, inflamado, lançou ataques ao Governo PSD/CDS liderado por Durão Barroso por uma tentativa de alterar a Constituição para que as “futuras constituições pudessem ser ou republicanas ou monárquicas” e também à iniciativa de homenagem ao rei D.Carlos, organizada pela Causa Real – a quem chamou “pequeno grupo patusco” – no domingo à noite. “Hoje pela madrugada fora, um pequeno grupo patusco atrás de um milionário banqueiro [Paulo Teixeira Pinto, antigo administrador do BCP e presidente da Causa Real], que conduziu um dos maiores escândalos da criminalidade económica em Portugal, lá apareceu pelo Tejo a gritar as saudades da monarquia”, afirmou, referindo que “sobretudo na cultura mais reaccionária da direita”, ainda “há gente que reclama o regresso ao passado, o regresso ao atraso, à monarquia e à diferença”. Para o líder bloquista, o princípio republicano, “que é o princípio elementar da democracia, que é o que torna todos iguais, na República todos são iguais em deveres e direitos, é a força da República”. “República e democracia são uma e a mesma coisa”, advogou.
Vincando a sua ideia, Louçã estabeleceu uma oposição entre República e monarquia, considerando que esta última representa “o contrário” da primeira: “Na monarquia há súbditos, o poder não é eleito, o poder do chefe de Estado passa dentro da família, por linhagem familiar e não pela responsabilidade da escolha democrática e o país está dividido em duas classes, os soberanos que têm o poder e os súbditos que têm de obedecer aos soberanos, a monarquia é o contrário da democracia”. Falando para quase duas centenas de apoiantes, numa freguesia onde foi o segundo partido mais votado nas legislativas (com 18 por cento), o bloquista defendeu que a República “é a única forma de uma democracia responsável, em que todos estão em iguais em deveres e em direitos”.
“O grande combate pela República não é o que olha para trás, porque essa monarquia e essa arrogância está vencida para todo o sempre, agora é mero folclore dessa cultura reaccionária dos partidos da direita que ainda agitam de vez em quando a saudade do rei ou da corte ou da aristocracia ou dos privilégios. O que é preciso para a República é olhar para a frente, para o futuro, e ser mais exigente, ser mais republicana e ser mais democrática”, concluiu.
Todos aprendemos com os outros. E da reacção pública do totalitário Dr. Louçã recebemos a lição de que o caminho traçado está correcto e é aquele que deve ser trilhado no futuro. E olhe Dr. Louçã, não vale a pena mandar mais grupos de bloquistas travestidos de pseudo “anarcas” boicotar as manifestações monárquicas porque essa música já nos conhecemos.

UM REI, PARA OS REPUBLICANOS


Arq. Gonçalo Ribeiro Teles

Portugal atravessa um período crucial da sua existência. Os portugueses parecem terem perdido a razão de ser do nosso país como Nação, Estado e Pátria. Para isso, contribuíram, sem dúvida, o desconhecimento da sua história, pela grande maioria dos portugueses, e as dificuldades económicas e de subsistência de parte da população. O anúncio de quais dificuldades se resolveriam com a contribuição financeira vinda da U.E. tarda a resultar em beneficio dos mais necessitados, o que contribui para o desalento dos que esperavam essa ajuda com que um “maná” cáido do céu.
O tempo, no entanto, não pode ser de resignação mas sim de esperança porque ainda são muitos aqueles que acreditam, mesmo sem o traduzir em atitudes, na vontade inabalável do povo português em continuar a querer ser uma Nação e constituir um Estado que mantenha os laços de solidariedade com as muitas comunidades de portugueses e descendentes espalhadas pelo mundo. Da força e vontade do Estado Português depende o desenvolvimento da Lusofonia de que há a esperar um papel relevante na construção do futuro da Humanidade.
A decadência política e social, a dependência económica, a inoperância do Estado e das suas instituições, o pouco prestígio internacional, consentâneo com a real presença de Portugal no Mundo, têm conduzido à diluição gradual da soberania nacional e ao desconhecimento do nosso passado, o que tem contribuído para o desmembrar dos laços culturais e de solidariedade entre os povos que assumem no Mundo a língua e a cultura portuguesas.
A Instituição Real é um instrumento necessário à recuperação do prestígio do país, ao reconhecimento internacional da sua importância e ao reforço dos laços de solidariedade entre Portugal e os povos e comunidades lusófonas.
A restauração da Instituição Real só será possível através da formalização de um consenso nacional.
Os monárquicos são chamados, para se conseguir esse consenso, a travar um diálogo aberto e amigo com todos os Portugueses sobre a Instituição Real. Há que sair dos tradicionais colóquios voltados para dentro, e procurar o encontro com aqueles que, nos mais diversos campos políticos, também temem pela perda gradual da independência do nosso país e, consequentemente, pelo futuro das relações de Portugal com as comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo e com os novos Estatutos lusófonos.
A Instituição Real nasceu com Portugal e presidiu ao seu desenvolvimento e expansão com base numa aliança do Rei com o Povo. Hoje, a maioria dos portugueses esqueceram tal facto e, por isso, criticam o papel que a Instituição Real desempenhou na formação e desenvolvimento de Portugal. Falsos preconceitos vilipendiam ou mesmo ridicularizam a estatura humana Real e da Monarquia.
As razões que a seguir se apresentam a favor da Monarquia, são aquelas que melhor desmascaram os mais vulgares preconceitos sobre a realeza.
Rei e Liberdade
A Liberdade do rei, ao serviço de todos é uma referência que obriga ao reconhecimento de cada um. Por isso, o “servir o Rei” não é mais do que o reconhecimento do serviço que cada um deve prestar à comunidade.
Monarquia e Democracia
A monarquia moderna nos dias de hoje é indissociável da Democracia. A monarquia moderna apoia-se na Democracia e esta só se poderá desenvolver, com total participação dos cidadãos se tiver, como esteio permanente, a Instituição Real.
O governo depende do Parlamento que domina o poder legislativo. O Povo está representado no Parlamento através dos deputados eleitos para as sucessivas legislaturas, pronunciando-se apenasw no acto eleitoral ou se em situações críticas for chamado a pronunciar-se por referendo. Mas, por mais curtas que sejam as legislaturas, a vida política e social corre dia-a-dia. O elo permanente entre o Povo e o Parlamento terá que ser o Rei. Elo independente que permanece na sua função ao lado do Povo durante o tempo de cada legislatura.
Ao Rei compete a supremacia do poder, o que não significa que assuma o absolutismo ou retenha na sua mão a totalidade dos poderes mas, apenas nele reside o poder de, em seu nome e no do Povo, proferir a suprema palavra de Estado. Ele personaliza esse poder e exerce-o como representante da Dinastia, em nome do Povo, e não de qualquer estrato social, poder económico ou partido político, mesmo que maioritário. Deste facto resulta, por um lado, a fragilidade da monarquia perante os totalitarismos das maiorias que geram os ditadores mas, por outro, a sua grandeza, devido à independência, ao lado do Povo, face às contigências e conjunturas temporais da política e dos interesses económicos, sociais e ideológicos.
O rei, sem se ilegitimar, nunca poderá ser o chefe de facções, de movimentos sociais ou de interesses particulares, terá sempre que procurar o bem comum e defender a independência nacional, representando o que é transcendente na ordem política.
O rei simboliza a Nação, personaliza o Povo, na sua dimensão histórica. É, como Chefe de Estado, o defensor das minorias e o garante da continuidade da Nação e do seu futuro.
A continuidade dinástica garante a permanência do essencial para lá da morte.
Monarquia e República
A Instituição Real é ao longo da história, o regime que melhor serve a “res publica” contra a ambição dos interesses particulares, a arbitrariedade dos poderosos e o conluio de privilegiados. Negou-se a si própria sempre que permitiu a ditadura ou a oligarquia. Daí que, recentemente em Espanha, o Rei seja reconhecido pelos “republicanos” que o são por respeito à “res publica”, como seu rei. Assim o refere Philippe Nourry no titulo do seu livro: Juan Carlos. Un rey para los republicanos. Não há portanto, que distinguir uma ética republicana duma ética monárquica.
No sentido profundo dos dois termos não há antagonismo entre Monarquia e Res Publica, ma sim, entre um Chefe de Estado vindo da história, representante dos valores permanentes da comunidade e um Presidente dependente duma eleição periódica, proposta e sustentada por grupos de cidadãos, partidos e diferentes interesses legítimos ou não.
Portugal e o Mundo
Nos últimos tempos a posição do nosso país tem sido ultrapassada, nas instituições internacionais por outros países que nos estão próximos. A Espanha, geograficamente, e a Bélgica e a Holanda, em dimensão territorial e demográfica. Tal facto, resulta, em muito, do prestígio resultante da existência, nesses países, da “Coroa” como alto símbolo do Estado e garantia da continuidade duma presença e da estabilidade duma política.
A Nação Portuguesa e a presença da sua cultura no Mundo, através de povos e comunidades, não deve estar amputada da instituição que melhor prestigiar internacionalmente e servir como instrumento de presença cultural nas comunidades portuguesas e nos novos estados lusófonos.
Na realidade, somos um povo que tem uma língua, uma história e constitui um todo, uma Nação de que a dinastia faz parte como parte integrante essencial.
Sempre defendemos que a integração de Portugal na U.E. é necessária ao actual contexto internacional e para o desenvolvimento do nosso país. No entanto, há que continuar a defender intransigentemente a soberania de Portugal e a ampliar institucionalizar as relações com os Estados lusófonos e s comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.


Fonte: Boletim “Estrada Real”, n.º9-10, Ano 2001. Boletim da Causa Real

Mensagem de Paulo Teixeira Pinto

“IR PARA DIANTE”

Hoje, hoje é o tempo.
Hoje é o ano.
Hoje é a noite do dia.
Hoje é a noite do dia em que resgatámos da terra e agora atiramos ao vento as palavras d’ El Rei D. Carlos sopradas ao mar: “Ir para diante”!
Sim, Senhor, cumpriremos o nosso dever cumprindo o vosso comando: – e iremos para diante!
Olhai Majestade o Vosso e nosso estandarte que de novo flutua no ar, assinalando com as suas cores sem mancha de sangue o advento do tempo novo!
Olhai Majestade, e convosco todos os Reis vossos antepassados e nossos antigos soberanos, e convosco todos os vossos descendentes e nossos futuros Reis, olhai todos Senhores, o Vosso povo aqui presente!
Olhai Senhores o Vosso povo de novo desperto, proclamando o tempo que vem.
Olhai de perto Senhores para os Vossos jovens – para estes jovens que desafiam o passado porque se sabem senhores do futuro.
Hoje começa o futuro.
Hoje, hoje é o tempo.
O tempo em que, outra vez, começamos a restaurar o ideal real feito real ideal.
Hoje é o ano.
Hoje é a noite do dia – do dia que se apresentou em madrugada de nevoeiro e agora se revela como noite iluminada de vésperas.
Hoje, hoje é a hora da hora!
É a hora!
Vamos para diante!
É a hora!
A Vossa hora – a nossa hora!
A hora de um princípio sem fim.
É a hora!
Vamos para diante!
E que viva o Rei!
E que viva Portugal!

A Nossa Rainha


As Unicas Armas de Portugal

«É uma tolice...»

Já dizia o presidente do governo Francês, A. Briand em 1905 ao então Marquês de Lavradio, aquando da primeira visita oficial de El-Rei. D. Manuel, numa conversa sobre uma possível revolução republicana, «É uma tolice; Portugal é um País muito pobre para ter uma República. As Repúblicas são muito mais caras que as Monarquias».

Na maioria das opiniões Republicanas e mal fundamentas, acusam as Famílias Reais de exagerarem em gastos supérfluos, gastos pagos com dinheiros dos contribuentes, algo que supostamente não existe em República. Basta olhar actualmente para o nosso passado republicano e pensar na quantidade de exageros de reformas a Ex-Presidentes da República, que todos eles mantém guarda, e serviços pagos pela Casa Civil, mesmo não estando em exercício! Mas nada melhor que apontar os erros com certezas e números, fazendo uma comparação básica, com o nosso País vizinho, Espanha, tendo um regime Monárquico, e Portugal um regime Republicano: A Monarquia Espanhola, custa a cada espanhol, 0.19€, a Presidência da República Portuguesa custa a cada português 1.58€, o governo Espanhol transfere para a Casa Real 9 milhões de euros e o governo Português transfere para a Presidência da República 16 milhões de euros.

Não podendo esquecer, que a Casa Real Espanhola, tem maiores obrigações protocolares, mais residências a necessitar de constantes restauros, e mais supostas "desprezas". Com estes números, talvez fiquem por terra as acusações mal fundamentadas e demagógicas que as Monarquias são só luxo e exagero de gastos á custa do Povo, e que Briand em 1905 já sabia disso.

Agora pergunto; o que ainda nos falta para querermos sair disto?


Duarte Seabra Calado

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Presidente da Republica

Isto diz tudo! A figura do Presidente da Republica, NULO!

A liberdade do Rei … é também a nossa

A importância da chefia do Estado não tem sido assinalada. Nem sequer é por todos apreendida. A estabilidade política em que o país tem vivido torna menos nítido o papel que pode caber ao Chefe do Estado, sobretudo em casos de especial emergência.

O cenário governativo que o desenvolvimento da campanha eleitoral permite antecipar está longe de ser tranquilo. Teremos seguramente um parlamento fragmentado e incapaz de oferecer solidez a uma solução de governo. Estes são ingredientes suficientes para que o Chefe do Estado desempenhe um papel mais interventivo. Não afasto a hipótese de poderem (ou deverem) ser tomadas medidas de certo impacto e de eventual ruptura. Medidas de excepção que convocarão desconfianças de uns e protestos de outros. E, por certo, o clima de suspeita será potenciado pelas relações já não muito amistosas entre a presidência da república e certos meios governativos.

É neste ambiente de águas revoltas que melhor se percebe a vantagem que uma genuína independência apresenta face ao que me parece ser um mero reflexo formal dela. Por muito que ambicione a neutralidade, e a procure com afinco, o presidente da república é fruto do jogo partidário. Emerge dessas refregas e é esse o seu pecado original. Ainda que se empenhe em encontrar soluções imparciais, e mesmo que do ponto de vista objectivo elas sejam de facto imparciais, a marca da origem partidária lá está, como mácula que impede que as suas decisões sejam acatadas por todos sem quaisquer reservas mentais. Sempre haverá quem veja na decisão um frete aos amigos de sempre ou uma traição. Não é preciso esgotar o nosso capital de imaginação para prever situações de conflito. Pense-se, desde logo, no convite para formar governo.

Ora, o Rei, por não provir dos partidos, não terá necessidade de saciar as clientelas que à sombra deles descansam. É esta, sem dúvida, a mais evidente vantagem da Instituição Real face ao sistema republicano. É uma vantagem genética. De origem. De proveniência. O Rei faz do supra partidarismo muito mais do que a sua essência a sua razão de ser. E essa confortável posição, que nem sequer carece de demonstração, confere-lhe uma legitimidade incontroversa. Um trunfo agregador capaz de mobilizar a comunidade para aquilo que entende ser o bem comum. O Rei até pode errar. O erro não será monopólio dos republicanos. Contudo, nunca terá a tentação de favorecer uns em detrimento de outros. Nunca terá o censurável desejo de agradar, hoje, a quem permitirá que ele volte a ser o Chefe de Estado amanhã.

Antecipo, como já referi, tempos difíceis na ressaca dos resultados eleitorais. Tempos exigentes. Infelizmente, creio que o presidente da república não conseguirá obter a confiança que mais facilmente o Rei conquistaria. É que o presidente da república, numa altura em que até já se fala nas eleições presidenciais e em putativos candidatos, de uma maneira ou de outra, está refém dos partidos. O Rei, por seu turno, não. O Rei é livre. E, nessa medida, nós somos livres também.


Nuno Pombo * (Set-2009)